quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Texto de Ailin Aleixo


TENTE MONET
"Às vezes a distância é a melhor coisa que pode acontecer.
Períodos de recuo são essenciais. Ou simplesmente acontecem, atropelando nossa vontade - mesmo assim continuam sendo estarrecedoramente úteis. Eles nos forçam a enxergar a situação com mais frieza e, por isso mesmo, de forma mais acertada e isenta de erros de julgamento que a intensidade e a bile nos levam a cometer (o significado do ditado chinês "o lugar mais escuro é sempre debaixo da lâmpada" tornou-se, de repente, tão claro para mim como areia em dia de sol).

O grande barato de, vez por outra, nos distanciarmos do que nos importa é sentir o que esse redimensionamento nos causa. E, seja ele qual for, a retomada nunca é insípida: ou nos faz enxergar a placa de "rua sem saída" que teimávamos em não ver ou devolve o brilho ao que o tempo havia enegrecido. Talvez por isso alguns casais só se entendam depois de uma separação: a dor, a sensação de ficar sem centro gravitacional, nao ter mais ali ao lado quem se ama pode provocar verdadeiros milagres na dinâmica de uma vida em comum (e na solo).
Mas não podemos contar com milagres, precisamos da razão. O problema é que nossa suposta sapiência tende a subavaliar o que se tem ou (talvez seja pior) exagerar na importância e, se quisermos ser felizes, é inútil proclamar independência emocional ou tornar-se escravo das paixões. Qualquer extremismo nos isola. Só compreendemos o valor do que nos rodeia e mora dentro de nós quando mergulhamos na solidão.
Depois de sofrer feito o cão por encarar tudo na base do oito ou oitenta, fiz um pacto comigo mesma: jamais levaria coisa alguma a ferro e fogo porque nada importa tanto. Absolutamente nada é imprescindível. Nem ninguém. Esse não um discurso de auto-suficiência, pelo contrário, é uma reflexão de alguém que aprendeu na porrada (ou, melhor, no choro) que só relativizando, tornando a existência e o coração mais leves é que se pode ser feliz e, então, ser feliz com alguém. Pare de arrastar correntes, levar tudo tão a sério: a única coisa que vai conseguir é uma úlcera. Cuide de quem ama, mas não faça disso o objetivo da sua vida, por que ficará inevitavelmente frustrado quando não tiver dele o que você ACHA que ele deveria devolver. Não existe prêmio para quem doa amor. Por isso, distanciar-se deveria ser uma tarefa cotidiana: evitaria que fôssemos sugados pelo redemoinho que sempre começa logo ali a nossos pés, mas estamos ocupados demais para ver. Evitaria que exercêssemos de forma tão eficaz, e perigosamente despercebida, nossos piores defeitos.
Quando algo começar a te enlouquecer, infernizar ou te fazer surtar, use a técnica dos grandes admiradores de arte: recue diante da tela, mude de ângulo, observe as cores, os traços e os detalhes que, na correria, sempre passaram despercebidos. Então notará que ela é muito mais do queaquele ponto preto que ficava, insistentemente, diante dos seus olhos.

Ser feliz, no final das contas, nao é questão de sorte ou azar. É questão de perspectiva."

Ailin Aleixo [autora de "Mulher Honesta" e "Só os Idiotas São Felizes")
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Pessoalmente esse texto se encaixou muiiiito a mim, em relação aos meus sentimentos das últimas semanas. Abriu minha mente. Sensacional.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Olhando para o monitor....


Eu estou aqui olhando para o monitor, sem saber direito o que escrever. Como começar?

Eu fico pensando em qual "tema
" priorizar nesse post, mas nao consigo organizar pensamentos que foquem cada tema.
Ando assim nesses últimos dias e é por isso que nao tenho vindo escrever nada nesse blog. Ando confusa e me empenhando mais em superar o que vem me deixando triste nessa "fase", nesse "momento", da minha vida.

E quer saber? Acho que estou me saindo bem. Na verdade, pensei que eu fosse ficar muito mais pra baixo por muito mais tempo. Mas a minha ficha tá caindo de um jeito interessante, fazendo-me entender coisas que eu nao entendia antes. Fazendo-me pensar adiante e me ajudando a evitar de pensar no passado. Já diz o povo que "quem vive de passado é MUSEU!" e nao deixa de ser verdade. Não podemos ficar nos prendendo ao que aconteceu - sendo coisas boas e/ou ruins - por que é exatamente ISSO que nos impede de continuar... "move on"... de crescer - maturamente falando.

Tenho procurado ocupar a mente. Ouvir músicas que me animem - apesar de hoje, acidentalmente, eu ter colocado num canal que passam clipes e, bem na hora, estava passando o clipe de uma música que eu considero "nossa"... entre aspas sim, por que foi uma música que eu o fiz ouvir para que entendesse qual era minha intensão e foi assim que tudo começou; me deu um aperto no peito e fez meu estômago afundar, mas foi coisa rápida.. rs -, fazer coisas que me deixam feliz : tipo sair com alguém que eu sei que vai me fazer rir. Tenho me focado em arranjar um emprego - mas tá osso! -, me focado no meu curso de Design Gráfico - que por sinal estou a-do-ran-do.
Claro que nao dá pra evitar de pensar "naquilo" que tá chateando, mas aos poucos vou cicatrizando a ferida.. e eu sei que daqui a pouco ela já vai estar fechada. Nesse caso, nessa história, essa ferida vai ser bem bonita. Por que foi uma história bonita e eu aprendi muiita coisa com ela. Vai ser daquelas marcas que a gente gosta, que a gente cria um carinho.Que vira xodó.

Estou feliz por que já consigo ver graça em certas coisas e fazer "piadinhas" entre amigos[as]. Já estou conseguindo rir comigo mesma; me olhar no espelho e perceber que eu continuo bonita; que quem mais importa na minha vida, antes dos outros, sou EU mesma.
Estou começando a perceber que as pessoas se sentem atraídas por pessoas que se gostam. De verdade. Que amam a si mesmas antes dos outros.

Antes de tudo eu estava assim, amando-me para ser amada. Mas com o tempo, a gente fica meio "idiota"- sei lá o que acontece - e vai se "auto-esquecendo". Acontece involuntariamente, sem a gente notar.
Acho que as coisas acontecem justamente para que possamos enxergar o erro que estamos cometendo com nós mesmos. Não adianta querer ser sincero com os outros se você nao está sendo sincero consigo mesmo[a]. E dói quando percebemos isso (pelo menos doeu em mim). Colocamos o outro no pedestal, quando na verdade, somos NÓS que devemos estar nos nossos próprios pedestais.

Eu acho que já desisti de "esperar". Não quero mais esperar, eu quero ser ESPERADA. Acima de querer que alguém seja importante para mim, EU quero ser importante ou especial para alguém.
Comecei a perceber que a vida sabe o que faz. Ou melhor, Deus sabe o que faz com as nossas vidas e eu só tenho que aprender as lições e amadurecer com elas. Não simplesmente chorar, me entregar, e não encarar a realidade só por que é mais "fácil". O difícil mesmo, pra mim pelo menos, é se conformar.
Lembro-me do colegial. Eu tinha um professor de filosofia que dizia que nao podíamos nos conformar com as coisas. Não devíamos ser pessoas conformistas, que aceitam as coisas facilmente, sem lutar por elas pra fazer com que mudem. Hoje eu sei que eu nao era madura o suficiente para entender o que ele dizia - sobre esse e outros assuntos - e só fui pensar e entender algumas coisas há pouco tempo.
Eu tentei nao ser conformista, mas logo eu percebia que nao se conformar com certas coisas só vai ME fazer sofrer. Por isso, acho que ele nao se referia a TUDO. Talvez somente às questões políticas e etc.
Eu nao queria me conformar com a situação que estou agora. Pensei em lutar pra tentar mudar. Então, depois de conversar com algumas pessoas, de analisar opiniões iguais e diferentes, cheguei à conclusão que o melhor mesmo é deixar as coisas acontecerem. Não acho que "agir" assim será coisa de gente fraca. Pelo contrário. Acho que vai ser bem forte da minha parte, deixar que a vida resolva isso sozinha. Ela vai dar o "final" - entre aspas por que nao é bem final, né? - perfeito para isso. O que for melhor pra mim.

Olha, foi muito difícil eu aceitar e compreender isso. Foi mais difícil ainda acalmar meu coração, principalmente em lugares e situações que me lembram tal pessoa.
Eu sei que eu vou ser feliz. Tenho planos e objetivos que pretendo concretizar. Eu sei que vou concretizá-los.
Agora eu estou numa busca para me sentir completa e realizada.
Sei que é a longo prazo, que vai levar um tempo pra isso e que ainda vou passar por muitas coisas - que Deus permita! -, porém tenho CERTEZA que chegarei lá!

Boa semana pra gente.
Deus nos abençoe!
;*



terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

"..Já faz tempo que eu queria te falar..."


"Sabe...
Já faz tempo que eu queria te falar
Das coisas que guardo no peito.
Saudade
Já não sei se é a palavra certa para usar
Ainda lembro do seu jeito.

Não te trago ouro, por que ele não entra no céu
Nem nenhuma riqueza deste mundo.
Não, Não te trago flores
Por que elas secam e caem ao chão
Te trago os meus versos, simples
Mas que fiz de coração..."

Versos Simples - Chimarruts

Hoje eu fiquei em casa o dia inteiro. Fui dormir mais de 3 horas da manhã e acordei com a cara inchada e olheiras profundas. Simplesmente me afoguei no Mar da Nostalgia. Olhei fotos. Lembrei de coisas. Muitas coisas. E pra melhorar - ironicamente falando - o meu "estado", ouvi essa música de fundo em algum lugar da vizinhança.
Foi o dia típico da fossa.
Mandei mensagem no celular, dizendo que quero ver e saber como está. Logo depois, fui tomar banho e me arrependi de ter enviado a mensagem. "Normal". Eu sabia que ia me arrepender, mas eu descobri que às vezes eu gosto de arriscar, só pra ver no que dá. Claro que nao responderia no ato. Tenho até o final de semana pra ver se vai responder. Mas já decidi que já chega. Voltei pra superfície desse "mar" e agora estou nadando para a beira, para a "praia". Vou "embora". Acho que vou desistir. Vou tapear meu rosto e acordar pra vida. Já não dizem:"O que tiver que ser, será"?!, então tá!!
Desisti.
Parei.
Não vou mais tentar nada. A mensagem tem que ser a última coisa que faço pra me (re)"aproximar". Já tenho 20 anos. Não é muito, eu sei, tenho muita coisa pela frente ainda, mas devo tomar vergonha na cara e dar importância para o que realmente importa. Focar mais em mim mesma. Me re-amar. Me auto-relembrar. Me auto-descobrir de novo. Ser forte. Fingir que não mais lágrimas pra chorar.

Gostaria que um dia lesse isso. Ou não. Talvez algumas partes.
Humpf.. Acho que eu penso que se lesse, mudaria alguma coisa.
Bom, se sim ou se não, talvez eu nunca saiba. Talvez não seja necessário eu saber.
A única coisa que eu sei, é que não posso ME abandonar. Deixar-me desleixada. Ficar feia. Gorda ou magra demais. Cabelos bagunçados. Cara e olhos inchados.
Tenho que voltar a ser o que eu era antes. Acreditar que sou linda. Que estou bem com meu corpo. Que sou bacana, divertida, inteligente e engraçada ao meu modo. Acreditar que as pessoas gostam de mim.

Eu vou "cuidar do meu jardim para atrair as borboletas"...

ps.: eu sei que um dia, uma hora, vou rir de tudo isso.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

"Bye, bye Jhony! Bye, bye Alfredo..."


"Bye, bye Jhony! Bye, bye Alfredo! Quem é da nossa gangue não tem medo!!..."
É uma das músicas que eu lembro que tocou no sábado, dia 7, na festa do casamento da minha prima. Aliás, foi lindo. Emocionante. Vi algumas pessoas chorarem, como por exemplo: minha mãe, minha vó, a prima da minha vó... Provavelmente puxadas pro fundo de um "mar" chamado NOSTALGIA. E até eu dei um pequeno mergulho nesse mar. A diferença é que não fui muito fundo e não chorei. Faltou pouco, mas eu fui mais forte que a correnteza e me mantive firme, na superfície. Procurei manter minha mente ocupada com as fotos que eu tinha que tirar da cerimônia, com a câmera da minha tia, que era uma das madrinhas, e meu avô fazendo par com ela(o padrinho).

Esse sábado definitivamente foi um dos dias que eu mais pensei.

Da Igreja, fomos para a festa. Estava bacana, por sinal. Minha tia precisou passar aqui em casa para deixar as baterias de nossas câmeras carregando porque caso contrário não teríamos carga suficiente para tirarmos bastante fotos. Uma outra parte da nossa família que não pôde ir à igreja, apareceu lá e foi bem divertido. Eu tenho uma família divertida, apesar de alguns inconvenientes de algumas pessoas, mas acredito que esse "problema" existe em qualquer família.
Eu estava na festa, contente; tinha esquecido do que vem torcendo meu coração ultimamente(opa, isso foi meio piegas, mas de vez em quando eu gosto de ser piegas.. rs).
Comecei a sentir falta das câmeras, por que tirar fotos para mim era e é uma ÓTIMA distração. Até que eu comecei a ver casais demais, e músicas românticas demais, o que me fizeram lembrar de coisas demais.... coisas que eu tinha escondido no fundo da minha mente. Droga. Eu chorei. Eu não sou de ferro. Minha mãe rapidamente me levou para o banheiro e me "puxou", pra que eu não me afogasse naquele mar nostálgico. "Divirta-se! Deixa pra chorar em casa!"
Às vezes eu penso por quê, de uma hora pra outra, eu me torno fraca.
Bom, talvez não seja bem isso. Eu não sou fraca. Apenas sou feita de carne, osso e sentimentos, e não de ferro. Não sou robô, que você pode programar quando e como vai sentir o que.
Fui buscar as câmeras com a minha tia de táxi, e quando voltamos, coloquei aqueles pensamentos no fundo da mente outra vez. Fui dançar, pular, tirei muita foto com as pessoas da minha família que raramente vejo, me distraí. É difícil, mas você consegue. Não é nada impossível. Fiz meu corpo se cansar bastante, pra que quando chegássemos em casa, eu fosse dormir direto, "capotar", sem dar chance para nostalgia tomar conta de mim novamente.

Às vezes eu durmo sem pensar nas "tais" coisas que me incomodam, mas aí, sonho com elas.. e até acordo pensando nelas. E às vezes acontece ao contrário. Eu penso bastante nelas antes de dormir, até sonho, mas quando acordo, "esqueço".
O segredo é manter a mente ocupada. Não dar chance pros "demônios" mentais tomarem conta de você. Por que é exatamente ISSO que eles querem. Querem te fazer lembrar do que você nao quer - ou até quer, mas não pode -, te fazer chorar, te manter triste, te afogar de vez no Mar da Nostalgia, te deixar deprê, te fazer esquecer de si mesma(o), te deixar na merda (falando no português claro). Se você não tiver quem te anime e, principalmente, nao tiver FORÇAS pra não desistir dos seus objetivos e responsabilidades, fica quase impossível superar.

Quando eu via na tevê, em novelas, cenas das mulheres chorando em casamentos, das pessoas emocionadas em casamentos, nao acreditava que isso era realmente possível. Eu pensava: "Ah, que nada... essa gente é muito sensível.... Só em novela mesmo...", mas hoje eu vejo que casamentos dispertam um sentimentalismo em você inexplicável. Não sei de onde vem. Talvez seja a magia da cerimônia, ou o que aquilo REALMENTE significa... lá no fundo.

E pra enfatizar isso ainda mais, vou contar mais uma "história":

Quando chegamos na Igreja, os padrinhos estavam esperando outra cerimônia terminar. Mas não era outro casamento. Eram bodas. Não lembro que "bodas de que" eram, mas era um casal de idosos. Se eu nao entendi errado, eles faziam mais ou menos 50 anos de casados. 50 ANOS!!! CASADOS!! JUNTOS!!
Isso definitivamente fez minha esperança renascer. "Então, ainda existem pessoas que se amam - ou no mínimam se aturam (rs) ou se respeitam - por muiiiito tempo. E nisso, comentei com minha mãe sobre o assunto do post passado, sobre "nada ou nem tudo ser pra sempre". Ela disse: "Tem gente que tem sorte..." e depois de algum(ns) outro(s) comentário(s) que trocamos, disse:"Que seja eterno enquanto dure". Bom, então quer dizer que ainda podemos encontrar alguém com quem fiquemos por muito tempo. Se aquele casal pôde agüentar tanto, então também podemos. Então também podemos encontrar alguém que nos ame, ou nos suporte ou nos respeite por muito tempo. Quem sabe até os três juntos.
Eu sei que há 50 anos, as coisas eram diferentes. Existia o romantistmo, o mistério do amor, o sexo depois do casamento - sinceramente acho que o que segura(va) o casal um ao outro era isso, o sexo depois do casamento (além do amor, claro), por que se descobriam juntos, aprendiam juntos e isso os tornava únicos, um para o outro -, o pedido da mão da noiva aos sogros, as "aventuras", etc. Há 50 anos, ir ao cinema e se beijar no escurinho era uma aventura. (Hoje, TRANSAR no escurinho do cinema é que é uma verdadeira aventura)
Há 50 anos, escrever coisas bonitas à amada ou ao amado, não era uma coisa idiota, uma coisa piegas, uma coisa cafona. Pelo contrário. Era tudo isso que fazia o amor crescer, que mantinha uma conexão entre as pessoas.
Hoje, tudo é brega. Dizer que ama é brega. Falar de amor é brega. Escrever cartinhas é cafona. Demonstrar sentimentos? Você corre o risco de perder a pessoa.... por que assim, você se torna "fácil". Dizer o que sentimos, hoje, nos torna vulneráveis a possíveis "abandonos". Por que nem sempre a pessoa está na mesma sintonia que você. Nem todo mundo "tá afim" de se envolver. (Então pra quê permitir que o(a) outro (a) se apegue, se nao quer se deixar envolver? O ser-humano é mesmo EGOÍSTA). Amor? O amor virou coisa do passado. Coisa de 50 anos atrás. Aos poucos, ao longo de todos esses anos, o romantismo foi se desfazendo. É difícil encontrar pessoas assim ou que assumam que gostam dessas coisas. Hoje o MUNDO é banal e consequentemente, tornou as pessoas banais.
Não que há cinco décadas nao existissem pessoas cretinas, que iludiam os outros e só pensavam em si mesmas. No que era bom apenas para elas. Mas eu acredito que hoje ou existam MAIS pessoas assim, ou que aprenderam a ser assim, ou as coisas estejam mais claras aos nossos olhos. Perdeu-se a vergonha.

Eu não tenho vergonha de dizer o que sinto. Além de ser uma pessoa bem transparente - se estou feliz, estou. Se estou triste, estou. Se estou com muita raiva, estou. Se estou nervosa, ansiosa, estou, e assim por diante -, não sou falsa e digo o que penso. Independente de quem ou de quê. Obviamente, ja me prejudiquei por isso. Mas acho que eu SOU assim. Eu quero dizer que isso já faz parte de mim. Sempre fez. Não sei se posso e nem se quero mudar isso. Já perdi e já ganhei coisas com isso. Digo que sofro e/ou já sofri por amor. Sinceramente, algumas vezes me pergunto se eu já amei de fato. Eu sei que já me apaixonei. Muito. Muitas vezes. Por um, mais, por outro, menos. Se amor é uma paixão muiiiiito forte, que nos faz até pensar, nem que seja por alguns minutinhos, em como seria nossa vida com tal pessoa - a longo prazo -, entao eu amo. Se amor é mais que isso, então eu nunca amei. Uns dizem que amor não se explica. Se pode-se explicar amor, então nao é amor. Então como saber o que ele é? Talvez, para cada um, o amor seja de um jeito. Tenha uma explicação diferente. Uma não, várias. E assim torna-se inexplicável, por que tem inúmeras descrições. Cada um sabe o que sente. Eu amo. Eu me apaixono. Eu sou transparente. Eu escrevo cartas. Eu dou presente sem esperar nada em troca (apenas um "obrigado".. rs). Eu sou sentimental. Eu sou romântica. E assim, eu sou brega. Eu sou cafona.
Mas mais cafona é o resto do mundo que no fundo tem vergonha de viver o que sente, de demonstrar o que sente, de SER o que sente.


Eu ando pensando demais, ultimamente. Já disse isso anteriormente. Eu sei que penso demais. Sei que tenho que viver mais do que pensar. Mas isso é só até eu me recuperar e "destorcer" por completo meu coração. Prometo (pra mim mesma).

Uma amiga, uma certa vez, disse que não acredita em "metade da laranja".... rs. Achei engraçado. Pensei se eu acredito ou não também. Ela disse que se sente completa com ela mesma; que não temos que "depender" de ninguém pra nos sentirmos completas(os). E nisso ela tem toda razão.

Eu vou me sentir completa. Vou voltar a me amar inteiramente. E assim, atrair pessoas e fazer as pessoas me amarem também.


"Bye, bye Jhony. Bye, bye Alfredo! Quem é da nossa gangue não tem medo!!"

Ótima semana para nós. Fiquemos com Deus.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

05/02/2009 - A rush of thoughts


Eu tinha outra coisa pra escrever hoje. Mas aí, qndo entrei mais cedo no orkut para ler meu scraps, uma amiga me escreveu uma frase que substituiu meus pensamentos do dia: " Você nao tem ossos de vidro. Portanto pode aguentar os baques da vida..."

E é verdade.

Quando a gente leva um "baque", acha que nao vai aguentar. Que acabou. Que alguma coisa perdeu a graça. Mas não... eu sei - e como sei! - que é difícil enxergar, assumir ... mas "o que não mata, fortalece" e se os ossos aguentam tantas "porradas" ou "topadas" que a gnt leva, então nós mesmos, interiormente, sentimentalmente e/ou psicologicamente, também podemos suportar as "porradas" da vida.
Seja lá qual for o motivo ou a intensidade. Pra gente, pra cada um de nós, a porrada sempre é forte. E se "Deus nos dá o frio conforme o cobertor", entao daremos a volta por cima. Em quanto tempo? Não sei. Depende. Depende de quanto tempo vc demora para "acordar" do baque ou quanto tempo vc leva pra entender os sinais ou enxergar que aquilo, de alguma forma, foi o melhor. Por mais que doa.

"Há males q vêm para o bem".

Às vezes eu odeio ouvir/ler isso. É dificil acreditar, mas eu já vi que é real. Quando a gente tá numa boa, feliz da vida, os provérbios e frases feitas - aquelas de auto-ajuda - parecem idiotas e desnecessários. Que nao precisamos deles. Aí, quando a gente tá na merda, escrevemos, falamos, lemos essas mesmas frases, porque então fazem todo o sentido.

"Nada é pra sempre".

Putz, eu quero morrer quando me dizem ou leio isso. Porquê? Por quê NADA é pra sempre? Acho isso uma coisa muito radical de se dizer (e olha que muitas vezes eu mesma sou radical). Como assim NADA? E as amizades? Amores fraternos? Boas lembranças ? Elas nao podem ser pra sempre? Entao nao é "nada"... a frase certa seria: "Nem tudo é pra sempre". Aí sim.
Eu entro pânico quando ouço isso. Por que eu gostaria que o amor conjugal também fosse pra sempre. Tem gente que tem sorte, encontra o "tal" amor e fica pro resto da vida com ele. E assim é pra sempre.
Não sei se é burrice minha pensar assim, por que nem mesmo a VIDA dura pra sempre. Mas bem.... enquanto vivemos, achamos que duraremos pra sempre... Sabe, a gente nao pensa e/ou nao lembra que a qualquer momento podemos nao estar mais aqui. Entao eu acredito que nao tem problema pensar q as coisas podem SIM durar pra sempre.. no "nosso" sempre. É: "que seja eterno equanto dure".

Penso que os baques da vida sirvam para isso: para refletirmos sobre as coisas, sobre suas causas. A cada "baque" refletiremos sobre coisas diferentes. Aprenderemos e talvez, erraremos de novo.
Quando queremos que alguma coisa muito importante para nós dê muito certo e nao dá, nos frustramos. Por que raios nao pode dar certo? E é TÃO difícil entender que talvez aquilo nao seja o certo pra gente. É difícil aceitar e se conformar com muitas coisas. E só o tempo vai resolver tudo.
Ele me irrita... esse tempo. Ainda carrego um pouco daquela ansiedade e impaciência da adolescência e quero que tudo se resolva logo. Que a dor passe logo. Quero saber logo se o que eu tanto almejava que desse certo poderá verdadeiramente dar certo futuramente ou não. E o tempo nesse aspecto é meu grande inimigo.
Nessa transformação que estou sofrendo para me tornar adulta, estou aprendendo a ser paciente. No fim, tudo se resolve. Triste se nao se resolver da minha maneira. Porém ótimo se apesar disso, vierem coisas boas para minha vida.
Eu nao sabia que era tão difícil ser adulta. Ainda nao me sinto adulta, porque ainda me sinto fraca ou infantil em alguns aspectos. Por que ainda nao compreendo muitas coisas e, na minha visão "infantil" (no sentido de criança mesmo) o adulto é um "ser" experiente, maduro, forte e que sabe resolver os problemas com maiores facilidades. E ainda sou desprovida dessas habilidades.
Eu era criança e queria crescer logo. Ser adulta logo. Agora eu quero voltar a ser criança. Voltar à inocência, à despreocupação, à felicidade constante.
Uma hora a gente descobre que o sofrimento TEM que fazer parte da vida. Se ele nao existisse, a vida seria sem graça. Mais uma coisa difícilima de se admitir. Se o homem já é insaciável passando por "baques", imagine se fôssemos constantemente felizes, se nao sofrêssemos. Nada nos surpreenderia. E o que é a vida sem surpresas? Perderia a graça. Seria um verdadeiro tédio.

Me extendi um pouco. Mas é o que tenho feito ultimamente: extendido meus pensamentos. Incrivelmente, uma coisa vai puxando a outra e posso até sentir os movimentos desses pensamentos na minha mente.
Já me disseram que penso demais.
Acho que é verdade. Tenho levado a vida muito a sério e isso nao pode mais acontecer. Eu tenho que aprender a "viver um dia de cada vez" como me disse uma vez uma pessoa muito importante pra mim dos últimos 5 meses e uma semana, mais ou menos.... uhehueuhe

Enfim. É isso aí. Talvez um dia alguém leia isso. E se lerem.. UAU! Obrigada pela atenção.

Que Deus nos abençoe... por que.. só Ele, viu.... Só Ele.... rs

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

primeiro pra valer...



Nao sei bem como começar um "blog"...
Esse post vai ser só um "post-test" e assim q eu organizar os meus pensamentos escreverei bastante.
Como já diz a música: "deixa, deixa, deixa eu dizer o q penso dessa vida... Preciso
demais desabafar..."
Já da pra ter uma idéia d como isso aqui será. Espero nao me tornar muito piegas.
Boa quarta-feira para quem quer q leia isso, ocasionalmente...