segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

"Bye, bye Jhony! Bye, bye Alfredo..."


"Bye, bye Jhony! Bye, bye Alfredo! Quem é da nossa gangue não tem medo!!..."
É uma das músicas que eu lembro que tocou no sábado, dia 7, na festa do casamento da minha prima. Aliás, foi lindo. Emocionante. Vi algumas pessoas chorarem, como por exemplo: minha mãe, minha vó, a prima da minha vó... Provavelmente puxadas pro fundo de um "mar" chamado NOSTALGIA. E até eu dei um pequeno mergulho nesse mar. A diferença é que não fui muito fundo e não chorei. Faltou pouco, mas eu fui mais forte que a correnteza e me mantive firme, na superfície. Procurei manter minha mente ocupada com as fotos que eu tinha que tirar da cerimônia, com a câmera da minha tia, que era uma das madrinhas, e meu avô fazendo par com ela(o padrinho).

Esse sábado definitivamente foi um dos dias que eu mais pensei.

Da Igreja, fomos para a festa. Estava bacana, por sinal. Minha tia precisou passar aqui em casa para deixar as baterias de nossas câmeras carregando porque caso contrário não teríamos carga suficiente para tirarmos bastante fotos. Uma outra parte da nossa família que não pôde ir à igreja, apareceu lá e foi bem divertido. Eu tenho uma família divertida, apesar de alguns inconvenientes de algumas pessoas, mas acredito que esse "problema" existe em qualquer família.
Eu estava na festa, contente; tinha esquecido do que vem torcendo meu coração ultimamente(opa, isso foi meio piegas, mas de vez em quando eu gosto de ser piegas.. rs).
Comecei a sentir falta das câmeras, por que tirar fotos para mim era e é uma ÓTIMA distração. Até que eu comecei a ver casais demais, e músicas românticas demais, o que me fizeram lembrar de coisas demais.... coisas que eu tinha escondido no fundo da minha mente. Droga. Eu chorei. Eu não sou de ferro. Minha mãe rapidamente me levou para o banheiro e me "puxou", pra que eu não me afogasse naquele mar nostálgico. "Divirta-se! Deixa pra chorar em casa!"
Às vezes eu penso por quê, de uma hora pra outra, eu me torno fraca.
Bom, talvez não seja bem isso. Eu não sou fraca. Apenas sou feita de carne, osso e sentimentos, e não de ferro. Não sou robô, que você pode programar quando e como vai sentir o que.
Fui buscar as câmeras com a minha tia de táxi, e quando voltamos, coloquei aqueles pensamentos no fundo da mente outra vez. Fui dançar, pular, tirei muita foto com as pessoas da minha família que raramente vejo, me distraí. É difícil, mas você consegue. Não é nada impossível. Fiz meu corpo se cansar bastante, pra que quando chegássemos em casa, eu fosse dormir direto, "capotar", sem dar chance para nostalgia tomar conta de mim novamente.

Às vezes eu durmo sem pensar nas "tais" coisas que me incomodam, mas aí, sonho com elas.. e até acordo pensando nelas. E às vezes acontece ao contrário. Eu penso bastante nelas antes de dormir, até sonho, mas quando acordo, "esqueço".
O segredo é manter a mente ocupada. Não dar chance pros "demônios" mentais tomarem conta de você. Por que é exatamente ISSO que eles querem. Querem te fazer lembrar do que você nao quer - ou até quer, mas não pode -, te fazer chorar, te manter triste, te afogar de vez no Mar da Nostalgia, te deixar deprê, te fazer esquecer de si mesma(o), te deixar na merda (falando no português claro). Se você não tiver quem te anime e, principalmente, nao tiver FORÇAS pra não desistir dos seus objetivos e responsabilidades, fica quase impossível superar.

Quando eu via na tevê, em novelas, cenas das mulheres chorando em casamentos, das pessoas emocionadas em casamentos, nao acreditava que isso era realmente possível. Eu pensava: "Ah, que nada... essa gente é muito sensível.... Só em novela mesmo...", mas hoje eu vejo que casamentos dispertam um sentimentalismo em você inexplicável. Não sei de onde vem. Talvez seja a magia da cerimônia, ou o que aquilo REALMENTE significa... lá no fundo.

E pra enfatizar isso ainda mais, vou contar mais uma "história":

Quando chegamos na Igreja, os padrinhos estavam esperando outra cerimônia terminar. Mas não era outro casamento. Eram bodas. Não lembro que "bodas de que" eram, mas era um casal de idosos. Se eu nao entendi errado, eles faziam mais ou menos 50 anos de casados. 50 ANOS!!! CASADOS!! JUNTOS!!
Isso definitivamente fez minha esperança renascer. "Então, ainda existem pessoas que se amam - ou no mínimam se aturam (rs) ou se respeitam - por muiiiito tempo. E nisso, comentei com minha mãe sobre o assunto do post passado, sobre "nada ou nem tudo ser pra sempre". Ela disse: "Tem gente que tem sorte..." e depois de algum(ns) outro(s) comentário(s) que trocamos, disse:"Que seja eterno enquanto dure". Bom, então quer dizer que ainda podemos encontrar alguém com quem fiquemos por muito tempo. Se aquele casal pôde agüentar tanto, então também podemos. Então também podemos encontrar alguém que nos ame, ou nos suporte ou nos respeite por muito tempo. Quem sabe até os três juntos.
Eu sei que há 50 anos, as coisas eram diferentes. Existia o romantistmo, o mistério do amor, o sexo depois do casamento - sinceramente acho que o que segura(va) o casal um ao outro era isso, o sexo depois do casamento (além do amor, claro), por que se descobriam juntos, aprendiam juntos e isso os tornava únicos, um para o outro -, o pedido da mão da noiva aos sogros, as "aventuras", etc. Há 50 anos, ir ao cinema e se beijar no escurinho era uma aventura. (Hoje, TRANSAR no escurinho do cinema é que é uma verdadeira aventura)
Há 50 anos, escrever coisas bonitas à amada ou ao amado, não era uma coisa idiota, uma coisa piegas, uma coisa cafona. Pelo contrário. Era tudo isso que fazia o amor crescer, que mantinha uma conexão entre as pessoas.
Hoje, tudo é brega. Dizer que ama é brega. Falar de amor é brega. Escrever cartinhas é cafona. Demonstrar sentimentos? Você corre o risco de perder a pessoa.... por que assim, você se torna "fácil". Dizer o que sentimos, hoje, nos torna vulneráveis a possíveis "abandonos". Por que nem sempre a pessoa está na mesma sintonia que você. Nem todo mundo "tá afim" de se envolver. (Então pra quê permitir que o(a) outro (a) se apegue, se nao quer se deixar envolver? O ser-humano é mesmo EGOÍSTA). Amor? O amor virou coisa do passado. Coisa de 50 anos atrás. Aos poucos, ao longo de todos esses anos, o romantismo foi se desfazendo. É difícil encontrar pessoas assim ou que assumam que gostam dessas coisas. Hoje o MUNDO é banal e consequentemente, tornou as pessoas banais.
Não que há cinco décadas nao existissem pessoas cretinas, que iludiam os outros e só pensavam em si mesmas. No que era bom apenas para elas. Mas eu acredito que hoje ou existam MAIS pessoas assim, ou que aprenderam a ser assim, ou as coisas estejam mais claras aos nossos olhos. Perdeu-se a vergonha.

Eu não tenho vergonha de dizer o que sinto. Além de ser uma pessoa bem transparente - se estou feliz, estou. Se estou triste, estou. Se estou com muita raiva, estou. Se estou nervosa, ansiosa, estou, e assim por diante -, não sou falsa e digo o que penso. Independente de quem ou de quê. Obviamente, ja me prejudiquei por isso. Mas acho que eu SOU assim. Eu quero dizer que isso já faz parte de mim. Sempre fez. Não sei se posso e nem se quero mudar isso. Já perdi e já ganhei coisas com isso. Digo que sofro e/ou já sofri por amor. Sinceramente, algumas vezes me pergunto se eu já amei de fato. Eu sei que já me apaixonei. Muito. Muitas vezes. Por um, mais, por outro, menos. Se amor é uma paixão muiiiiito forte, que nos faz até pensar, nem que seja por alguns minutinhos, em como seria nossa vida com tal pessoa - a longo prazo -, entao eu amo. Se amor é mais que isso, então eu nunca amei. Uns dizem que amor não se explica. Se pode-se explicar amor, então nao é amor. Então como saber o que ele é? Talvez, para cada um, o amor seja de um jeito. Tenha uma explicação diferente. Uma não, várias. E assim torna-se inexplicável, por que tem inúmeras descrições. Cada um sabe o que sente. Eu amo. Eu me apaixono. Eu sou transparente. Eu escrevo cartas. Eu dou presente sem esperar nada em troca (apenas um "obrigado".. rs). Eu sou sentimental. Eu sou romântica. E assim, eu sou brega. Eu sou cafona.
Mas mais cafona é o resto do mundo que no fundo tem vergonha de viver o que sente, de demonstrar o que sente, de SER o que sente.


Eu ando pensando demais, ultimamente. Já disse isso anteriormente. Eu sei que penso demais. Sei que tenho que viver mais do que pensar. Mas isso é só até eu me recuperar e "destorcer" por completo meu coração. Prometo (pra mim mesma).

Uma amiga, uma certa vez, disse que não acredita em "metade da laranja".... rs. Achei engraçado. Pensei se eu acredito ou não também. Ela disse que se sente completa com ela mesma; que não temos que "depender" de ninguém pra nos sentirmos completas(os). E nisso ela tem toda razão.

Eu vou me sentir completa. Vou voltar a me amar inteiramente. E assim, atrair pessoas e fazer as pessoas me amarem também.


"Bye, bye Jhony. Bye, bye Alfredo! Quem é da nossa gangue não tem medo!!"

Ótima semana para nós. Fiquemos com Deus.

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